A gestão de suprimentos e logística desempenha um papel crucial na área da saúde, garantindo que os recursos necessários para o atendimento à população estejam disponíveis no momento e local certos. Este processo envolve desde o planejamento de estoques até o uso de ferramentas tecnológicas para otimizar o rastreamento e as compras, além de iniciativas para minimizar o desperdício de materiais e medicamentos. A adoção de boas práticas na gestão de suprimentos pode significar a diferença entre a eficácia e a ineficiência nos serviços de saúde.
Planejamento Eficiente de Estoques
O planejamento eficiente de estoques é essencial para evitar tanto a escassez quanto o excesso de materiais. Na saúde, a ausência de itens como medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPIs) e insumos hospitalares pode comprometer a qualidade do atendimento e até mesmo colocar vidas em risco. Por outro lado, o excesso de estoques gera custos adicionais e aumenta o risco de vencimento de produtos.
Para um planejamento eficaz, é necessário adotar técnicas como a análise ABC, que classifica os itens de acordo com sua relevância e volume de consumo, e a implantação de sistemas de controle just-in-time, que visam a reposição rápida conforme a demanda. O monitoramento constante de dados sobre consumo e a previsão de tendências são também ferramentas indispensáveis nesse processo.
Além disso, é fundamental considerar a sazonalidade e situações emergenciais, como pandemias ou surtos de doenças, que podem aumentar a demanda por determinados recursos. Organizações de saúde que investem em sistemas de previsão e análise de riscos estão melhor preparadas para lidar com essas variações, garantindo maior segurança para pacientes e profissionais.
Uso de Ferramentas Digitais para Rastreamento e Compras
A digitalização trouxe soluções inovadoras para a logística em saúde, como sistemas de rastreamento por RFID (Radio Frequency Identification) e plataformas integradas para compras. Essas ferramentas permitem:
Rastreamento em tempo real: A tecnologia RFID facilita o acompanhamento da localização de medicamentos, equipamentos e outros suprimentos dentro de uma rede hospitalar. Essa visibilidade reduz perdas, melhora a utilização de recursos e aumenta a segurança no transporte e armazenamento.
Automatização de processos: Sistemas de gestão de compras podem consolidar fornecedores, comparar preços em tempo real e agilizar as aquisições, reduzindo custos e otimizando o tempo. Isso é especialmente útil em organizações de saúde que lidam com um grande volume de pedidos diariamente.
Interoperabilidade de dados: Soluções digitais integram diferentes setores de uma organização de saúde, promovendo uma visão holística da cadeia de suprimentos. Essa integração facilita a comunicação entre setores e permite uma gestão mais coordenada e eficiente.
Outro benefício significativo das ferramentas digitais é a possibilidade de realizar auditorias e relatórios automáticos, que ajudam na análise de desempenho e identificam áreas que necessitam de melhorias. Além disso, plataformas que utilizam inteligência artificial (IA) podem prever demandas futuras com maior precisão, auxiliando no planejamento e na alocação de recursos.
Redução do Desperdício de Materiais e Medicamentos
O desperdício é um dos maiores desafios na área da saúde, impactando não apenas os custos operacionais, mas também a sustentabilidade do sistema. Estudos mostram que uma parte significativa dos medicamentos descartados poderia ser evitada com uma melhor gestão. Abaixo, destacam-se algumas práticas para mitigar o desperdício:
Capacitação de profissionais: Promover treinamentos sobre o uso racional de recursos e o descarte adequado. Funcionários bem treinados estão mais aptos a evitar erros que resultem em perdas.
Monitoramento de validade: Utilizar sistemas automatizados para alertar sobre prazos de vencimento, evitando o descarte desnecessário de medicamentos. Algumas instituições também implementam rodízios de estoques, garantindo que produtos mais antigos sejam utilizados primeiro.
Políticas de reutilização: Implementar protocolos para a esterilização e reuso seguro de determinados materiais, como instrumentos cirúrgicos e equipamentos hospitalares.
Ademais, o desenvolvimento de parcerias com organizações que reaproveitam medicamentos não utilizados é uma alternativa viável para reduzir o impacto ambiental e social do desperdício.
Case de Sucesso: Projeto Lean Healthcare no Hospital Israelita Albert Einstein
Um exemplo notável de gestão eficiente de suprimentos e logística na saúde é o Projeto Lean Healthcare, implementado pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Baseado em princípios de produção enxuta, o projeto conseguiu reduzir desperdícios e melhorar a gestão de recursos em diversas áreas da instituição. Entre os resultados alcançados destacam-se:
Redução de estoques: A aplicação de metodologias lean permitiu diminuir os estoques excessivos sem comprometer o abastecimento. A organização otimizou seus armazéns, criando um fluxo de materiais mais eficiente.
Aumento da eficiência: Os fluxos de trabalho foram otimizados, reduzindo o tempo de espera para a reposição de materiais. Isso impactou positivamente a satisfação dos pacientes e a produtividade da equipe.
Sustentabilidade: A adoção de práticas sustentáveis ajudou a reduzir o impacto ambiental. O projeto incluiu iniciativas para a reciclagem de materiais e a diminuição do consumo de plásticos descartáveis.
Esse case é uma referência para instituições de saúde que buscam aliar eficiência operacional à sustentabilidade e à segurança dos pacientes. Ele demonstra que a inovação e a boa gestão podem caminhar juntas para transformar positivamente o setor da saúde.
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Referências
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HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN. Projeto Lean Healthcare. Disponível em: https://www.einstein.br. Acesso em: 12 jan. 2025.
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2018.
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